segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Naninha pra dormir!!


Naninhas na hora de dormir
Muitos bebês e crianças possuem o hábito de dormir agarrados a bichos de pelúcia, paninhos, fraldas e cobertores ou, ainda, a um brinquedo especial. Esses amiguinhos são carinhosamente chamados de Naninhas e podem ser considerados objetos transicionais, ou seja, possuem a função de acalmar e acalentar em momentos de mudanças, que costumam trazer insegurança e ansiedade.


Mas, permitir que os pequenos tenham uma Naninha é saudável? Sim. Para a psicóloga Meiry Kamia, é completamente normal e seguro deixar que as crianças tenham esse objeto de carinho. “A mãe tem para o bebê uma importância muito grande. Ela é simplesmente o seu mundo. É dela que vem o carinho, a comida, o afago. Mas logo os bebês percebem que suas mães se ausentam de vez em quando, e isso lhes causa angústia e ansiedade. Por isso, é comum pequeninos se acalmarem com uma fralda ou peça de roupa com o cheirinho da mãe, por exemplo, ou terem um brinquedo preferido que lhes traga uma sensação de conforto”, explica a psicóloga.


As Naninhas também podem ser grandes companheiras de meninos
e meninas com medo de escuro, de monstros ou com dificuldades em dormir. “Algumas crianças têm medos inconscientes de que, ao dormir, possam não acordar. O objeto pode ajudar nesse sentido também”, complementa Meiry.


Agora que você já sabe que é completamente normal o seu filho ter
uma Naninha – e permitir que ele tenha, surge outra dúvida: quando retirar ou estimular a independência dos pequenos em relação ao objeto? É simples também... Do mesmo modo em que não há “neuras” no fato de a criança possuir um bichinho de pelúcia ou paninho querido na hora de dormir, também não há muita pressão com relação ao momento de desestimular a companhia das Naninhas, orienta a psicóloga:
- Cada um tem o seu tempo, não existe idade certa. Normalmente,
a criança, por si só, vai “esquecendo” da Naninha à medida que o
seu mundo social se torna mais rico.  Ela vai percebendo que pode ser querida por outras pessoas e que também pode gostar delas.


Seu relacionamento afetivo se amplia e, com isso, o foco deixa de ser somente a mãe, e o objeto deixa de ser tão importante e significativo – orienta Meiry Kamia.
E se você acha que essa coisa de Naninha é só para crianças...


Está redondamente enganado. Nós, os adultos, também temos em nossas vidas muitos objetos transicionais. Claro que não dormimos agarrados a eles, mas eles servem como um apoio para que possamos ganhar confiança na hora de enfrentar uma nova etapa, como, por exemplo, um diploma, o instrutor da auto-escola, o terapeuta, que dá suporte ao indivíduo até que ele se sinta firme em seguir sozinho,
e tantos outros símbolos que nos ajudam a atravessar a vida.


Fonte: Kids In


Contato:
Meiry Kamia
Psicóloga
Tel.: (11) 8297-9735

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